sexta-feira, 22 de maio de 2009

Refletir

Estava fria e pálida. Seus olhos se entrelaçavam ao brilho do sol sobre o mar. Sentada, observava e só. Permanecia imóvel. Era nas águas que se encontravam e, como quem anseia pela alegria do encontro, observava. Por vários minutos, ficou ali, numa estática posição de espera.
Diferentemente dela, o sol não havia parado por um segundo sequer. Se punha, num movimento constante, típico das coisas que existem pela simples razão de continuar.
E ela também continuava. Era importante se dar aqueles muitos minutos de espera.
Um tom fechado começou a envolver o dia e a levá-lo embora. O brilho não tão intenso, comum daquilo que se apropria de outras luzes, começou a ganhar espaço no céu.
Ela, então, se virou lenta e suavemente para frente. Seu corpo se ligou a ele mesmo e seus olhos fitaram-se. Houve uma nova pausa, mas dessa vez, curta. Se levantou e saiu. Não estava suficientemente saciada e não deveria estar. Assim, haveria sempre a ânsia de encontrar-se novamente.

3 comentários:

  1. Oi, minha linda!!! Seja bem-vinda neste mundo louco das blogueiras, mas cuidado!!! Blogar causa dependência!!! Beijos e bênçãos, dinda Clau.

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  2. vc escreve de maneira tão delicada... quase como um sonho... nos leva a um outro lugar...
    lindooo querida!!!

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  3. Viajei legaaal com esse texto! Show, amiga! Beijos! Amo vc!

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