quarta-feira, 1 de setembro de 2010

As palavras tem poder...

     As palavras não traduzem o que há por trás dos olhos, não alcançam o profundo que há na alma. Mas elas têm o poder de mudar o mundo. Se não o planeta (embora eu, utopicamente, acredite), pelo menos mudam o mundo de quem ouve ou diz.
     Tem coisas que eu calo por medo de que sejam ouvidas e aconteçam. Outras eu digo por medo de que me vençam e me engulam. E que força estranha têm essas palavras... São capazes de fazer meu estômago se espremer como se houvesse necessidade de vomitar aquela ideia (é isso mesmo, não se assuste. As dores às vezes são tão físicas que a alma não dá conta de segurar); me levam do topo ao nada, certas palavras. Me reviram as crenças, testam a paciência e, com sorte, algumas me devolvem a paz.
     São todas sempre tão intensas que, algumas vezes, meu maior desejo é o silêncio. Mas esse não passa de um pensamento estúpido e imaturo. É no silêncio que as palavras mais fortes conversam... as minhas, habitantes da minha cabeça, mais descontroladas do que todas as outras. Aí começa o processo (talvez mais doloroso, eu diria) de amadurecer: mais difícil do que aprender a lidar com o que a vida lhe dá é descobrir como controlar o que você mesmo produz. Alguém disse uma vez e reafirmo: você é, sim, seu pior inimigo. E contra esse você parece mais fraco, certo? Suas energias se dividem e cada ideia quer te convencer de uma verdade. Nessas horas, uns vão te dizer para raciocinar, pesar, ponderar e eu até concordo, mas incluo: ouça o seu coração. "Ó, que piegas", você deve estar pensando agora. Verdade, mas não há bússola mais precisa do que batimento cardíaco. Quando ele aumenta e dá aquela dorzinha misturada com um medo estranho, continue andando que o caminho é esse. Pode não dar nada certo (sempre há essa possibilidade), mas a chance de arrependimento diminui em 80%. Logo, eu fico com o coração.
     Meu desejo a você, neste dia, já que as palavras têm tanta força, é que você consiga filtrar o que realmente deve ocupar um espaço nos seus pensamentos e na sua lista de prioridades. E, algumas vezes por ano (ou por semana, conforme for sua necessidade), faça uma arrumação nas suas gavetas internas. Mas cuidado, só deve ser doado o que ainda tem utilidade. Se você quer se livrar das ideias que não cabem mais na pessoa que você é, jogue no lixo, e não, nos outros. Observe o que as pessoas estão usando e, só pra variar, adquira umas coisas novas também. Chega dessa preguiça e desse conformismo de ser quem você já é e largue essa vida de caranguejo. Quem quer ser feliz anda sempre pra frente!

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